quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inevitável realidade

Azarada? Posso dizer que em grande parte sim. Triste? Sempre nego, mas não acredite em mim. Uma grande tristeza me envolve. Minto, mas não encare como um defeito, é só que prefiro lidar sozinha com meus problemas...talvez algum dia lhe peça alguma ajuda, mas até lá levo como posso. Prefiro que não assistam minhas infelicidades rolarem face abaixo e continuem com a impressão que sempre tiveram de mim, o que podem guardar para si mesmos caso forem maldades.

Desde criança, meu sonho era crescer em harmonia, contornada por muitos amigos, e o principal: família. Imagine como é atingir uma certa idade quando já começa a compreender melhor o mundo e as pessoas e descobrir que esse tempo todo estava somente iludindo-se, enganando-se; o ódio corre hoje pelas minhas veias quando me lembro que fui culpada, culpada por ser ingênua e acreditar em hipocrisias, mas também há a parte em que me defendo porque, até ontem era uma só uma garotinha. No início queria me convencer de que tudo não passava de uma fase ruim, que tudo aquilo, com o tempo, seria levado pela leve brisa que em breve estaria soprando ao redor desse lugar. o que não aconteceu...a brisa, ao invés de levar as desventuras, só trouxe a verdade, que veio agressivamente me atacar e revelou tudo o que estava escondido, durante anos. Claro que escolho a verdade à ilusão, trata-se de uma questão de decepção, mas algo pelo que não me culpo é por ser frágil, o que não deixo aparentar, em precisar de um ombro para chorar, mesmo que seja somente para isso. Falsas verdades circulando pela grande família e a frieza com que se espalham me indignam, juntamente com a pressa para se apoderar de riquezas, não somente materiais, deixam todos mau-olhados (como dizer mentiras em seu benefício) mesmo os inocentes. Me julgo uma desses inocentes, pois nunca agi com malevolência, ao contrário, sempre tentei ser o firme nó que unia todos, mesmo sendo a mais nova das netas; lá, dentre todos, tenho fama de desprezada pelo fato que, em conseqüência disso, fui mimada pelos adultos o que considero um pequeno fato, mas que auxilia extremamente, nesses atuais infortúnios. O único ato que me disponho a realizar, é defender aqueles que tem uma grande importância para mim com inteligência e se meus adversários também a possuírem, saberão que não ataco para atingir, que minha definição não se resume em violência, mas como estão repletos de maldade, simplesmente ignoram o fato de a razão estar ausente.

A guerra prossegue e, com muita calma, aperfeiçoo cada vez mais meu escudo, não esquecendo o respeito pelos que, não por serem dignos, sempre tratei como tal, mas não deixa de ser uma forma de agradecer as boas ações feitas mesmo que divididas em longos períodos.

Continuo firme segurando o peso disso tudo nas costas sem ninguém perceber, acho que prefiro assim, mas ainda há aqueles que só pelo meu olhar sabem o que sinto e acabam sendo um diário para eu desabafar; certamente são pouquíssimos que merecem sua confiança, e também são pouquíssimos com quem compartilho meus dramas. Infelizmente é a inevitável realidade.

2 comentários:

Cobra disse...

se precisar de um ombro para chorar, saiba que estarei sempre em pé ao seu lado, tentando te manter uma base, se precisar de um ouvido para escutar seu desabafos, saiba que estarei sempre sempre parado ao seu lado, ouvindo aquilo que você tem a dizer, se você precisa de alguem para tentar te alegrar, saiba que estarei sempre aqui tentando faze-lo, se precisar de qualquer coisa, estou sempre aqui, perto de você, ao seu lado, sempre podendo doar um ombro, um ouvido, uma sustentação, o importante é não desistir e seguir em frente, pois mesmo que traga sequelas, mostraremos que não lutamos em vão, e juntos iremos remediar as sequelas, e no fim, irá ter um final feliz.

LiaLey disse...

Caraca, palavras tocantes meu o___o
vc soube usa-las mtu bem :O